segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ensinando ciencia na geraçao google

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos, SCHNETZLER, Roseli Pacheco.  capítulo 3: Ensino de Ciências com Enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS in Educação em química: compromisso com a cidadania. Ijuí, Ed. Ed. Unijuí, 2010. 4. Ed. Ver. atual. (p. 61 a 97)
Leila Barbosa Miana
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, JF/MG, Brasil

Com intuito de ressaltar a importância de vincular o aprendizado em ciências com as vivencias cotidianas, Santos e Schnetzler apresentam diversos pensamentos teóricos que enfatizam este viés metodológico. Ao longo do texto os autores vão pontuando justificativas plausíveis para esta associação, contudo utilizam de fontes já ultrapassadas do contexto atual, pois, em sua maioria, as referências citadas datam de cerca de trinta anos atrás.
Claro que analisando socialmente o contexto atual não se pode afirmar que tempos uma educação plenamente eficiente, mas vale ressaltar que muito já se evoluiu no modo de ensinar de trinta anos para cá, novos métodos ou antigos métodos resignificados já fazem parte do contexto escolar de diversas instituições escolares e os alunos desejados pelos teóricos apresentados no capitulo de Santos e Schnetzler já existem. Ao entrar em uma sala de aula hoje, independente da faixa etária dos alunos ou de sua classe social ou econômica, o professor se depara com pessoas questionadoras, alunos que querem mais do que ouvir oque o professor tem a dizer, alunos que querem aprender COM o professor e não do professor PARA o aluno. O aluno já mudou, a escola está mudando.
Talvez por ser um texto voltado para a área de pesquisadores e futuros docentes da área de saúde, mas os pesquisadores ultrapassam o limite de petição de principio ao repetirem um discurso já enraizado nas rodas de conversas da area de humanas. Já se fez claro que métodos tradicionais de ensino não alcançam o proposito dos PCN´s elaborados. Já existem movimentos libertários acontecendo em âmbito educacional e estão sendo bem sucedidos.

Contudo, não podemos nos iludir a espera de um milagre e uma modificação instantânea da formação educacional, pois não podemos esquecer que o sistema depende de pessoas e estas possuem uma vida dedicada a esta profissão. Por mais que já tenhamos avançado em pesquisas no caminho de um ensino mais humano e mais lógico, onde as ciências façam sentido com o cotidiano vivido; por mais que já tenhamos diversos profissionais em busca deste tipo de evolução no ensino, ainda temos muitos profissionais atuantes que aprenderam e acreditam que os métodos tradicionais são melhores e como a professora pós-doutora Maria da Assunção Calderano já afirmou em uma aula de Pesquisa Educacional na FACED/UFJF: “são profissionais que ainda demoram cerca de vinte anos para se aposentarem” e eles ainda vão continuar aplicando ciências, biologia, matemática ou química, como um monstro de sete cabeças, impossível de ser compreendido de forma didática, deixando distante o ideal CTS de interação entre ciência, tecnologia e sociedade.