segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Contos Africanos: O justo rei

O amor vem da África
      O respeito vem da mata
            Contos inspirados nas tribos raízes da cultura brasileira
Leila Miana



O justo rei

Todos queriam morar naquela tribo. Quando o Sol acordava, todos levantavam, mas se alguém estivesse com preguiça, podia dormir mais um pouquinho. Depois de já ter descansado poderia recompensar o tempo perdido das tarefas.

Cada pessoa sabia da importância de sua função na comunidade. Eles não precisavam ser obrigados a fazer o que não queriam, mas em troca deviam fazer bem o que escolheram. Pois se foi escolha deles mesmos trabalhar naquela função, deveriam fazer com carinho.

O fim da atividade de um é o começo da função do outro. Por este motivo era importante respeitar o seu espaço e de todos da comunidade, pois na verdade, o espaço é um só.

O rei era muito bom e justo, tratava todos com respeito e estava sempre disposto a ouvir e ajudar no que fosse preciso. Ele mantinha a harmonia de todas as relações daquela comunidade e era responsável por esta função já há muitos anos.

A medida que o tempo passava, as coisas melhoravam, as hortas frutificavam, os animais cresciam e as pessoas se entendiam melhor. A cada ano, a tribo ficava mais harmônica, mais gostosa de viver. Todos eram unidos, amigos e felizes.

E as crianças? Sumiram? Para evitar maiores atritos, as crianças estavam proibidas de brincar. Ficavam trancadas em suas casas e só podiam ler o mesmo livro, todas as vezes o mesmo livro. Era um livro que os ensinava como se comportar quando for obrigado a conversar com outra pessoa, mas isto deveria ser evitado. O livro ensinava que conversar não era bom.

A tribo continuou vivendo infeliz durante muitos anos, mas dizem por aí que algumas pessoas pararam de ler aquele livro e descobriram que tinha um mundo inteiro a ser lido do lado de fora da cabana. Ouviram dizer que um antigo rei achou felicidade viajando e que só retornaria para casa quando a felicidade voltasse a vila. Essas pessoas começaram a viajar e viajar muito.

Em um belo por do sol, apareceu na vila uma senhora muito cansada pedindo abrigo e água. Antes que conseguisse conversar com qualquer morador da tribo o tempo virou. De repente caiu uma enorme tempestade e todos correram para se proteger. Na mesma hora o rei abriu sua cabana e viu a senhora cansada, recebeu e serviu sua nova hóspede.
- Sinta-se a vontade minha senhora. Todos são bem vindos em minha humilde cabana.
- O senhor é um homem muito caridoso e justo. Mas dedica sua vida a atender os outros. Isto não te cansa?
Não sente vontade de cuidar dos seus próprios problemas?

O rei não respondeu, mas começou a pensar:
     “Essa senhora tem razão. Dediquei minha vida toda por este povo. Agora vou cuidar de mim.”

Assim como a chuva que surgiu de uma hora para outra, o Rei mudou. Arrumou suas malas e colocou o pé na estrada. Sem medo. Não se despediu de ninguém e foi correr o mundo. Conheceu as montanhas mais altas e as praias mais belas. Desbravou grandes florestas, penetrou grutas e atravessou rios. Foi ao cerrado, ao deserto, saboreou todas as frutas e sentiu o aroma de todas as flores.

Contudo, quanto mais o tempo passava, mais ele estava sozinho. O rei não tinha com quem conversar. Não tinha os amigos e não estava mais feliz. A saudade apertava seu peito e a angústia o consumia. Resolveu retornar para sua terra, voltar para sua raiz, seus amores, sua vida.
                                                          
No dia que chegou viu tudo diferente. As ruas desertas e as cabanas mal cuidadas, sem palha, maltrapilhas e sujas. As hortas vazias, parecendo abandonadas. Os animais magros e fedorentos. As árvores secas e frutas podres caídas pelo chão. Os poucos habitantes que passavam, estavam sujos, fedorentos, brigando e falando alto.

Tudo mudou depois que ele fora embora. Ate o céu, que antes era sempre azul, permanecia sempre cinza. As pessoas pararam de se respeitar e, assim, pararam de cuidar uns dos outros. Eles se estranhavam e brigavam, cuspiam e sujavam as ruas, gritavam e chutavam coisas na rua.

O rei estava muito confuso e as coisas estavam extremamente diferentes. Aquelas pessoas já não eram mais as mesmas. Se prenderam em suas cabanas e não se encontravam mais. Se prenderam em seus próprios medos e então todos, absolutamente todos, tinham se tornado pessoas infelizes. Estava tudo errado!

Então ele entendeu: na hora que sua tribo mais precisou, ele estava distante e não pode ajudar. O rei não cumpriu a sua função e gerou uma confusão! Ele próprio abandonou seu trabalho no equilíbrio daquela comunidade e prejudicou a vida de todos os habitantes.

Antes de alguém perceber que o rei tinha retornado, ele começou a chorar. E de tanto chorar, começou a derreter e assim aconteceu uma mágica: ao derreter ele começou a se deformar e se transformou em uma grande pedra.

Cada vez que voltavam para casa, estavam mais felizes e deixavam os outros mais felizes. Aos poucos a felicidade is se espalhando e muitos esperavam a hora de rever o rei.

Quando a vila se inundou de felicidade todos voltaram a trabalhar com gosto e também voltaram a respeitar uns aos outros. O rei já nem fazia falta mais, não precisava voltar.

A grande pedra em que o rei havia se transformado se modificou mais uma vez e em sua superfície apareceu escrito, como se alguém tivesse talhado a pedra:
"Justos são os que se respeitam e se amam".

Contos Africanos: O caçador de uma flecha só

O amor vem da África
      O respeito vem da mata
            Contos inspirados nas tribos raízes da cultura brasileira
Leila Miana


O caçador de uma flecha só

Era uma tribo onde tudo se festejava. O rei adorava comemorar todos os bons acontecimentos da região. Tudo era motivo de alegria. Mudou o ano? Festa! Nasceu criança? Festa! Sacrificou um animal? Festa! Hora da colheita? Mais festa!

Aliás, a festa da Colheita era a mais importante e divertida de todas as festas africanas. Era um dia especial, em que eles colhiam todos os alimentos que iriam ser estocados até o ano seguinte. Era a consagração de um ano proveitoso e a esperança desta continuidade...

A Festa da Colheita era anunciada para a comunidade há apenas dois dias antes de acontecer, pois os agricultores esperavam o momento certo para colher os alimentos. Naquele tempo, naquela tribo, as verduras, legumes e frutas ficavam no ponto certo de colher ao mesmo tempo, no mesmo dia. Que era o dia em que anunciavam que poderia ter festa!

Enviavam mensageiros a todos os cantos anunciando que o dia havia chegado! Eles iam até as cabanas que ficavam próximas e nas distantes também, nas da beira do rio e de dentro da floresta, nos altos dos morros e nas profundezas dos vales.

Iam à cabana de todos os moradores, exceto de um, o feiticeiro que morava no pântano. Todos morriam de medo do velho feiticeiro e sempre arrumavam uma desculpa para passar longe da cabana daquele homem.

O rei mandava avisar a todos moradores, TODOS, mas nenhum mensageiro tinha coragem de atravessar o pântano e muito menos de falar com o feiticeiro. O pior, é que nenhum mensageiro contava ao rei que o senhor que vive trancado na cabana assustadora nunca havia sido convidado para nenhuma festa.

O rei não sabia que um convite não era entregue, pensava que o feiticeiro nunca vinha as suas festas por que tinha muitos afazeres, não podia perder tempo com baboseiras tipo essas. Era um homem ocupado e muito importante para a aldeia.

Por sua vez, o feiticeiro que de muito ficar triste com essa história, já estava com raiva.
- Todo ano a mesma coisa. Eles celebram e não me convidam! Esse ano vai ser diferente. Vou fazer uma magia e eles não terão colheita!

O feiticeiro foi para a floresta, recolheu alguns cogumelos, aranhas, ervas, folhas, mosquitos, formigas e musgos. Pegou um grande galho de obá-obá[1] para usar como colher. Ele também pegou um coelho pela orelha e levou para prepará-lo.

Ao chegar em sua cabana, dourou uma cebola na manteiga e fez uma mistureba com aqueles ingredientes, jogou tudo no caldeirão e começou a temperar o coelho. O bicho seria servido cru mesmo, só o tempero ia à fogo.

Colocou tudo em uma bacia de barro e levou para o quintal. Naquele Sol quente o movimento foi rápido: na mesma hora um grande pássaro negro apareceu e devorou o coelho.

O pássaro alçou voo novamente e pousou em cima da cabana do rei. Lá ele pousou por vários dias, sete luas se passaram e o pássaro continuava lá, estático.

Um mensageiro foi até o rei com péssimas noticias:
        - Não teremos colheita este ano.
        - Como não?
- Os alimentos estão verdes ainda... A esta altura já deveriam estar maduros e nada. Não se modificam, não amadurecem, parece que serão verdes eternamente.

        Foi quando o Rei teve um estalo em seu pensamento:
- Será que isso tem relação com o pássaro negro no teto?
- Provavelmente sim, me parece que este é um pássaro amaldiçoado.
- Vamos matá-lo!

O rei mandou chamar todos os caçadores da tribo para matar o pássaro. Vieram homens fortes, com muitas flechas e muita disposição para enfrentar aquela maldição.

 Surgiu então um caçador com uma flecha só. Todos riram dele.
        - Como poderá matar com uma única flecha? – queria saber o Rei, antes de anunciar:
- Quem matar o pássaro negro vai ser o caçador mais importante da tribo! Sem ele voltaremos a ter comida e festa!

Os caçadores fizeram uma vila para tentar acertar o pássaro. Primeiro veio o caçador de 25 flechas e nenhuma acertou o alvo. Em segundo o caçador das 80 flechas e, mais uma vez, nenhuma acertou no pássaro amaldiçoado...

Em terceiro, o caçador das 150 flechas, a primeira de raspão, a segunda também, a terceira passou longe e assim todas as outras também fizeram. Nenhum caçador conseguia acertar o bicho. Estavam todos nervosos, ansiosos, desesperados, alucinados.

O caçador de uma flecha só se mantinha calmo e caminhava em direção a cabana do rei. Todos riram quando ele passava. Se tantos caçadores fracassaram, aquele parecia um bobo caminhando com uma única flecha na mão.

Ele parou em frente a cabana e olhou bem para aquele monte de penas em cima do telhado. Respirou fundo, concentrou e atirou a flecha certeira na testa do grande e amaldiçoado pássaro negro. Que desapareceu como fumaça.

Todos comemoram e iniciaram a festa mesmo sem os alimentos prontos. Foi tanta alegria que ninguém se lembrou de agradecer o caçador de uma flecha só.

Mas ele nem se importou com isso, já caminhava calmamente de volta pra sua cabana, quando o rei se aproximou e valou:
- Caçador não vai comemorar conosco?
- Não, senhor, vou para casa descansar.
- Estamos muito gratos! Como posso recompensá-lo? O que devemos fazer?

- A vida já é muito difícil para todos, devemos viver em harmonia, calmos e serenos.
Na hora o rei não entendeu, mas achou por melhor deixar o caçador descansar sozinho em sua cabana.

Muito tempo se passou até o Rei compreender: enquanto todos estavam nervosos e ansiosos não conseguiram solucionar o problema que os afligia. Com o lançar de uma única flecha, o caçador calmo e concentrado conseguiu alcançar a solução.



[1] Grande árvore de origem africana.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Contos Africanos: O mundo nasceu na África?...

O amor vem da África
      O respeito vem da mata
            Contos inspirados nas tribos raízes da cultura brasileira
Leila Miana



O mundo nasceu na África?...

Antes de o mundo ser como ele é hoje, todos continentes eram grudadinhos. Na verdade, era um continente só, cercado por um oceano só. Como se fosse uma única ilha gigante.

Uma antiga lenda africana conta como isso mudou. Foi quando uma jovem trabalhava ajudando sua mãe com os afazeres de sua cabana. Ela sempre ajudava muito, na horta, com os bichos, na mata e em tudo que fosse preciso.

Às vezes, a moça tinha que passar o dia inteiro a pilar inhame. E ela achava aquilo muito chato, fazia numa má vontade que só vendo, mas fazia sem reclamar. Um dia, muito distraída, perdeu o controle do movimento que repetia sem parar e a sua mão escorregou do pilão.

O pilão era muito pesado e quando ele caiu, bateu tão forte no chão... Espatifou o mundo. O chão começou a rachar lentamente e a jovem não entendia nada.

O que fazer? Sair correndo ou começar a chorar? Mas as rachaduras aumentavam muito rápido e ela não teve escolha: sentou em um pedaço do chão e chorou muito.

Aos poucos aquele grande continente que antes era um só, começou a dividir em seis.

As lágrimas da moça escorriam entre as rachaduras e fizeram nascer os rios, que logo foram se juntar ao mar.

Ah... E o mar? Que antes era um só, agora se multiplicou em vários oceanos, formando um novo mundo: vários continentes, vários mares. Tudo mudou e a moça chorava.

Resolveu correr desesperadamente para se desculpar com sua mãe. Que há esta hora já voltava calmamente para cabana e encontrou a filha no meio do caminho.

Foi uma surpresa para a jovem quando encontrou a mãe sorrindo calmamente. E ela ali, extremamente aflita:
- Mãe! Eu destruí tudo!
- Calma filha, você criou um novo mundo!

A mãe sorriu e explicou para a moça que não conseguia compreender tanta calma...
- Nada acontece por acaso e tudo pode ter outro ponto de vista. Você, minha filha, estava trabalhando distraída e isto não pode acontecer nunca. O trabalho deve ser levado a sério.
Contudo tenha calma. Olha que maravilha que tudo isto virou. As coisas vão ser diferentes agora.

- Diferente não é bom! – reclama a menina.
- Por que não? Diferente é excelente. Nós duas somos diferentes e nos amamos muito.

A menina compreendeu o que a mãe queria dizer. As lágrimas secaram e seu coração acalmou. Pegou uma cuia, encheu com a água do rio e tomou um gole de suas lágrimas. Sentiu ali que criou mesmo um novo mundo.

Mas a mãe lembrou:
- Agora as coisas são diferentes e tudo mais distante. Para que tudo corra bem, devemos lembrar todos os dias de respeitar todas estas diferenças, que serão cada vez maiores.
- Vai ser difícil, não é mãe?


- Sim, nunca será fácil. Respeitar diferenças é muito difícil, pois é aceitar que mesmo não sendo igual a você, o outro é muito interessante e pode te fazer feliz!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Contos Africanos: O menino de palha

O amor vem da África
      O respeito vem da mata
            Contos inspirados nas tribos raízes da cultura brasileira
Leila Miana



O menino de palha

Há muito tempo atrás, uma rainha Africana deu a luz a um menino muito feio, sua pele era toda revestida de micoses, com algumas manchas de cores variadas. Ele também não tinha nenhum pelo no corpo, não nascia nada, coitado. Não nascia cabelo nunca, carequinha... E o cheiro que ele tinha? Nossa! Sem explicação, esquisito que só... Ninguém entendia...

A rainha já muito aflita, queria uma solução e achou melhor levar a criança ao curandeiro de sua tribo. Ela esperava que ele fizesse algum tipo de magia e a única coisa que o sábio lhe disse foi:
- Se acalme minha senhora, este é o destino de seu filho. Tenha calma.

A mãe saiu enfurecida com o curandeiro. Ora bolas, como haveria de ter calma diante de tal situação? Como uma rainha poderia ter um filho tão feio, nojento e fedorento?
“Isto não poderia ser o certo”, pensava ela.

Resolveu por assim, que não iria criar aquela criança esquisita. Embrulhou o menino em um monte de palha e o colocou em um cesto. Foi para a beira do rio, pediu perdão e abandonou o filho na água corrente, que o levou para o mar.

E não é que lá na beira-mar, onde o rio encontra o oceano, uma linda mulher penteava seus longos cabelos com os pés na água. De repente o cesto veio e parou, assim, no calcanhar da moça.

O menino não chorou, pois tinha tanto medo que a voz não saia. A moça não se assustou. Agradeceu o presente que veio no rio. Levantou e pegou o cesto em seus braços, pôs-se a caminhar até sua vila.

Em sua cabana, a moça abriu o manto de palha e não se assustou com o que viu. As doenças da criança não a incomodavam e ela sorriu para o neném.

Preparou uma bacia de água morna e começou a banhar o filho que o rio lhe deu. Recolheu algumas ervas e preparou uma pasta para cuidar de suas feridas. Das frutas e sementes da floresta, passou a alimentar o menino, que lhe sorriu.

Muitos anos se passaram, mas o menino continuava a sofrer, não conseguia esquecer os maus tratos daquela mãe que o jogou no rio, tinha vergonha de ser quem era e só queria ficar escondido.

A senhora que cuidou dele durante toda sua vida insistia:
- Vamos meu filho, vamos passear.
- Não, não vou. Nada me tira dessa cabana. Quando as pessoas me olharem, vão rir de mim, eu sinto.
- Deixe de bobeira, meu filho. A beleza é interior!

        Um dia chegou um convite especial: era para o festival de fim de ano de todas as comunidades e para todos africanos. Por isso todos deveriam participar desta grande celebração.

Mas como a mãe adotiva iria convencer o menino a ir?
- Já sei! Vou fazer uma roupa toda de palha, que lhe cubra ate o rosto. Assim você poderá festejar o fim de ano com todos nós! E não sentirá vergonha de ser quem é.

Chegando na festa, logo se animaram. Tudo estava lindo: lindos cantos, muitos tambores, muita comida, bebida, luzes e alegria! Todos estavam dançando em uma grande roda.

Não tardou e a senhora logo se empolgou, entrando na grande roda para se divertir. O menino, muito tímido, queria só ficar de canto, escondido.

Não demorou muito e uma bela moça chegou e o puxou pelo braço para participar da roda. A moça rodopiava, balançava, ventava, mas não largava a mão dele. Todos na roda sorriam e recebiam o menino de palha sem se importar em como ele estava vestido, em como ele era, tudo que importava ali era ser feliz.

E feliz estava, cada vez mais. A felicidade lhe invadia o peito e se espalhava como uma luz dourada por todo seu corpo. Todos ali eram amigos, aparências não importavam e quanto mais felizes, mais dançavam, mais ventavam.

E o vento, aos poucos, foi levando a palha embora. Bem devagar, foi surgindo o corpo de um rapaz e todos iriam conhecer o seu sorriso. Aos poucos, todos foram conhecendo sua beleza. Lentamente, o menino (que agora já era um rapaz) foi compreendendo tudo.

Já não era feio e doente há muitos anos. O amor incondicional daquela senhora já havia lhe curado e lhe ensinado que por amor e com amor o caminho se torna mais suave.


O menino já havia compreendido que as diferenças entre as pessoas não devem abalar o espírito de equipe. O menino aprendeu que dificuldades podem ser superadas pela força do amor.